Algumas pessoas acreditam que consolar um animal assustado vai “reforçar” o medo. Mas não é bem assim. Entenda!
Existe uma lenda por aí que diz: se você consolar um cão (ou gato) que está com medo, você vai reforçar o medo.
Mas isso não é verdade.
Podemos reforçar ou interromper COMPORTAMENTOS. Por exemplo: o cão fica alegre quando você chega em casa e pula. Você pode ensiná-lo, por meio do reforço positivo, a sentar para recebê-lo à porta.
O comportamento de pular foi modificado. Agora ele entende que uma boa recepção a quem chega é sentar, mas ele continuará alegre - a emoção não muda.
Tanto a alegria quanto o medo são EMOÇÕES, não comportamentos. Se um animal está com medo e busca nosso carinho ou nosso colo, atender a essa necessidade não vai deixá-lo com mais medo.
Esse acolhimento significa segurança e bem-estar diante de uma situação que é amedrontadora. Caso aconteça de novo, o animal saberá que tem, em nós, um porto seguro.
É CLARO que não podemos parar por aí. Precisamos entender a causa do medo e procurar orientação adequada para oferecer mais qualidade de vida ao nosso peludo.
É possível aplicar o manejo do ambiente e a técnica do contracondicionamento, realizando, ao longo das sessões de treino, uma associação positiva com o estímulo, de forma gradual.
Isso só acontece se os limites do animal forem respeitados, ou seja, o estímulo é apresentado em nível adequado. Caso contrário, o problema pode até mesmo piorar! Orientação profissional, sempre!
Se o medo é tão grande que causa pânico, pode ser necessário recorrer a outros pilares da terapia comportamental, como o uso de feromônios e medicamentos indicados pelo veterinário.
É importante também respeitar o animal caso ele prefira se esconder. Ofereça tocas e esconderijos SEGUROS. E não force-o a sair, pois isso pode causar acidentes com mordidas.
Você achava que consolar seu cachorro era errado? Então vem desvendar mais mitos: