Torcida, SIM! Medo, NÃO!

Veja 10 medidas simples para amenizar o desconforto dos cães com o barulho dos fogos durante a Copa 2022

Nos campos do Qatar, 32 países disputarão a Copa do Mundo a partir de 20/11. Além da expectativa pela seleção brasileira, quem tem pets preocupa-se também com o medo dos foguetes.

Os fogos com estampido sonoro foram proibidos em algumas cidades, mas sabemos que sempre há os torcedores mais insistentes.

E a audição dos cães é muito mais apurada do que a nossa!

Além de muito alto, o barulho dos foguetes é imprevisível e incompreensível para eles. O pânico pode motivar fugas, lesões e até mortes. Proteja seu amigo com estas 10 medidas:

Você sabia que a presença de uma dor ou doença pode contribuir para que o cão sinta ainda mais os efeitos do medo? A primeira medida deve ser uma visita ao veterinário, com antecedência.

Dependendo do grau do medo e das condições de saúde, podem ser indicados medicamentos em dose adequada. Nunca, mas nunca mesmo, medique seu animal por conta própria!

Escolha um cômodo confortável para ser o refúgio canino. Associe este local a atividades prazerosas, caminhas macias e tocas seguras desde já. Nos dias de jogos, as janelas devem ficar cobertas.

Prepare brinquedos com recheios congelados (patê, sachê, alimentação natural e outros aprovados pelo veterinário) e de roer para oferecer ao cão no refúgio.

Separe playlists próprias para cães (disponíveis gratuitamente no YouTube e no Spotify) e deixe tocando no refúgio, abafando os ruídos externos.

Lembre-se de refrescar o ambiente, com ventilador ou ar-condicionado — desde que o animal não tenha medo desses aparelhos.

O uso de difusores de feromônio sintético, como Adaptil e Serenex, também é indicado. O aparelho deve ser plugado na tomada alguns dias antes do início dos jogos.

Esses produtos enviam mensagens químicas reconfortantes que são percebidas apenas pelos cães, sem afetar humanos e outros animais.

Existe a opção de usar o feromônio em spray em uma bandana, desde que seu cão já tenha hábito de usar acessórios no pescoço. Borrife no tecido 15 minutos antes de colocar no animal.

No momento do foguetório, deixe que o cão escolha: – se ele buscar sua atenção, conforte-o, com tranquilidade. – se ele quiser se esconder, permita. Exigir que ele “enfrente” será mais traumático.

Não deixe seu cachorro sozinho durante os jogos. Se for sair, avalie a possibilidade de contratar pet sitter ou reservar uma vaga em hospedagem de confiança, antecipadamente.

Reforce a identificação: confira as coleiras e as plaquinhas. Em caso de fuga, ele terá muito mais chance de ser encontrado.

Faça atividades relaxantes fora dos horários dos jogos, como passeios, brincadeiras, treinos e outras opções que você já sabe que trazem prazer ao seu cão, sem excitá-lo demais.

Essas são medidas emergenciais. Para ajudar seus cães de forma duradoura, é fundamental realizar treinos de dessensibilização e contracondicionamento com orientação profissional, durante o ano.

O uso de fones, protetores de ouvido e roupas de compressão, que prometem amenizar as reações aos barulhos, também só deve ser feito com orientação profissional e realização de treinamento prévio.

Caso contrário, o animal pode ter ainda mais estresse ao ser forçado a usar algo que é estranho ou incômodo.

As atividades indicadas, como brinquedos recheáveis e de roer, podem e devem fazer parte da rotina do cão. Não deixe para oferecer só nos dias de jogos, ou não haverá uma associação positiva.

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Tem um cão medroso? Vem aprender mais para ajudá-lo:

Consultora certificada em comportamento felino e canino. Pós-graduada em Comportamento Animal, única profissional sul-americana certificada pela Pet Sitters International.

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Letícia Orlandi