12 nov Tia Lets e as associações internacionais
Porque eu me tornei membra da Associação Internacional de Consultores de Comportamento Animal
Tia Lets está dando mais um passo para oferecer o melhor atendimento aos bichinhos. Em novembro de 2019, tornei-me membra da International Association of Animal Behavior Consultants (IAABC – Associação Internacional de Consultores de Comportamento Animal).
A IAABC foi fundada em 2004, reconhecendo que a prática de ajudar o público com problemas de comportamento de animais de companhia era um campo crescente, abrangendo muitos profissionais diferentes: veterinários, veterinários comportamentalistas, consultores de comportamento, treinadores/adestradores, funcionários e voluntários de abrigos, acadêmicos, entre outros.
Os objetivos da IAABC são apoiar a prática de consultoria em comportamento animal, fornecer qualidade, educação baseada em evidências e orientação de pares e supervisores, além de fornecer recursos para tutores de animais que precisam de orientação.
São quatro níveis de afiliação, e é claro que estou apenas no primeiro.
Por que uma associação internacional?
Assim como no caso da Pet Sitters International, maior instituição de educação para pet sitters do mundo e da qual sou membra desde 2018, a IAABC acredita no estudo e na ciência e oferece oportunidades educacionais e de troca de ideias para os membros. Este é meu principal interesse ao fazer parte dessas entidades (acesse ‘Sobre Tia Lets’ para saber mais).
Segundo a Associação, para garantir as melhores práticas, os consultores devem buscar e manter a competência em consultoria e treinamento em comportamento animal por meio de educação continuada e experiência prática. Os instrutores/consultores não devem aconselhar sobre problemas fora dos limites reconhecidos de suas competências e experiência.
A associação entende que os consultores de comportamento animal podem ajudar os tutores a gerenciar e modificar comportamentos problemáticos e, nesse processo, ajudam a fortalecer o relacionamento entre os humanos e seus animais de estimação.
Que negócio é esse de LIMA?
Esse é um ponto importante para mim e tem tudo a ver com os valores que guiam meu trabalho. Os membros da IAABC devem trabalhar para maximizar o uso efetivo de reforço e minimizar o uso de aversivos para modificar o comportamento dos animais, exigindo que os treinadores/consultores trabalhem para aumentar o uso de reforço positivo e eliminar o uso de punição ao trabalhar com clientes animais e humanos (abordagem LIMA – “least intrusive, minimally aversive” – menos invasivo possível, minimamente aversivo).
Em sua declaração de apoio sobre a abordagem LIMA, a IAABC aponta que os efeitos potenciais da punição podem incluir agressão ou contra-agressão; comportamento reprimido (impedindo que o consultor leia adequadamente o animal); aumento da ansiedade e medo; dano físico; uma associação negativa com o tutor ou manipulador; aumento do comportamento indesejado; e comportamentos novos e indesejados.
As diretrizes da LIMA exigem que o consultor sempre ofereça ao aluno o máximo de controle e escolha possível. O consultor deve tratar cada indivíduo com respeito e consciência da natureza da espécie, preferências, habilidades e necessidades individuais do aluno. Essas diretrizes não justificam, portanto, o uso de métodos e ferramentas aversivos, incluindo, entre outros, o uso de colares eletrônicos, de estrangulamento (enforcadores), em vez de outras intervenções e estratégias eficazes de reforço positivo.
As certificações da IAABC estão entre as mais rigorosas da área de atuação e avaliam pessoas que trabalham com várias espécies e objetivos (cães, gatos, cavalos, alguns tipos de aves, animais de trabalho e animais que vivem em abrigos).
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